Na luta pela igualdade
A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP) promoveu o Debate “Crimes de Racismo ou Injúria” no dia 18 de agosto, em busca de esclarecimentos e avanços sobre discriminação racial. O evento, idealizado pela Coordenadoria de Assuntos da População Negra (CONE), ocorreu no auditório XI de Agosto da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
O debate foi marcado por duas mesas temáticas além da de abertura, que contou com a presença de diversas entidades do governo e também da sociedade civil. Os assuntos foram selecionados para auxiliar a população no combate ao racismo a partir de bases jurídicas e dos direitos humanos.
Para o presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB/SP, Eduardo Pereira da Silva, o estatuto de igualdade está completamente desfigurado por falta de representatividade política e judiciária.
Mesa de abertura destaca a importância sobre o tema
Com o intuito de minimizar a discriminação, a Coordenação da População Negra vinculada à Secretaria Estadual da Justiça tem realizado um trabalho com a polícia civil, de oficinas que possuem sensibilização para o racismo com situações do cotidiano. Por isso existe a expectativa de transformar a sociedade e haver o pleno respeito ao próximo.
O professor Hédio da Silva Jr. conta que foi vítima de preconceito: “Quando eu era secretário da Justiça o meu maior dilema é que as pessoas nunca me viam como um secretário, eu era o negão secretário da Justiça. Gostaria muito de ser visto como um ser humano, porém a sociedade me impede”.
Gustavo Hungaro, secretário-adjunto da Justiça do Estado de São Paulo, comenta o avanço significativo de crimes de racismo e ações efetivas como a da Fundação CASA, que estabeleceu uma cartilha para auxiliar os jovens na ressocialização e também os projetos realizados pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), que possui um trabalho histórico em relação aos descendentes dos antigos escravos.
O secretário municipal de Direitos Humanos, José Gregori, esclareceu como as vítimas de racismo devem agir diante das discriminações.“A essência dos direitos humanos é o pluralismo, sobretudo o respeito ao diferente. É exatamente a igualdade, mas que abrange todos”, afirmou Gregori.
Durante as discussões ficou evidente que os crimes de racismo ou injúria devem ser combatidos e minimizados através de uma consciência mundial. A pessoa que se sentir ameaçada deve denunciar e não aceitar qualquer tipo de humilhação. “O movimento negro não quer inventar raça no Brasil, até porque não existe raça no nosso país. Na essência todos somos iguais”, finalizou o professor Hédio.
Confira as fotos do Debate aqui
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