Siga

terça-feira, 26 de outubro de 2010

II Fórum discute e propõe ações sobre o ensino da cultura afro e indígena nas escolas

No sábado dia 23 de outubro encerrou o II Fórum de Ensino Superior sobre os desafios para o ensino de História e Cultura Africana e Indígena, realizado pela Coordenadoria dos Assuntos da População Negra (CONE) – da Secretaria Municipal de Participação e Parceria - juntamente com o Núcleo Étnico – Cultural da Secretaria Municipal de Educação e com apoio da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a qual sediou o espaço para os três dias de evento.

Na parte da manhã da sexta–feira, dia 22, aconteceram diversos debates temáticos sobre as Leis de número 10.639 e 11.645, discutindo a aplicação das respectivas leis no âmbito obrigatório do ensino da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. O professor mestre Derval Gramacho da Universidade 2 de julho de Salvador (Bahia) na palestra sobre os Desafios para Educação Escolar Indígena a partir da Lei Federal 11.645/08 destacou que diferente da população negra, os índios não conseguiram representação na sociedade brasileira, muito em função da grande segmentação entre as tribos e também por ser um sujeito descontextualizado, sobretudo, historicamente.

Sobre a questão da identidade dos índios no Brasil, a professora da Rede Municipal de Ensino, Adriane Costa da Silva, afirma que a população indígena residente em metrópoles e ou em centros urbanos assume estereótipos da cultura para serem identificados como indígenas, mesmo que essas representações não pertençam a sua tribo de origem.



Oficinas ensinam culturas afro e indígenas


Na tarde da sexta-feira as universidades participantes do II Fórum puderam expor os projetos sobre a temática e trocaram experiências com o público presente. Foram duas baterias de relatos que apontaram as principais ações sobre a aplicação das Leis. O Padre Alberto Marques relatou os projetos desenvolvidos pela Universidade São Camilo entre eles está o trabalho semestral aplicado nas disciplinas de História e Geografia, que exige dos alunos discussões e reflexões sobre a Cultura Africana e indígena.

Outra ação da Universidade é a oficina intitulada “Quem não gosta de cafuné: a influência das línguas africanas no Português brasileiro” que trata da formação da Língua Portuguesa no Brasil e da incorporação de palavras, sons e usos das línguas africanas, esta oficina foi apresentada na prática no último dia do II Fórum.

No sábado além das oficinas, houve a exposição dos pôsteres das universidades. A interatividade das oficinas resultou em um aprendizado sobre as culturas afro e indígena de maneira prazerosa e divertida. A Secretaria Municipal de Educação apresentou a oficina “Mãos que resistem” – A criação de Bonecas Abayomi. A palestrante Sheila Alice Gomes da Silva ensinou os participantes como fazer a boneca e tudo que envolve essa produção no que tange às historias, os cânticos e a comunhão em si. Os únicos materiais necessários foram retalhos de pano preto e de panos coloridos.

Além da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a realização do II Fórum do Ensino Superior contou com o apoio das Universidades: PUC-SP; UNIDERP; Belas Artes; Unicastelo; FAMOSP; UNISA; Zumbi dos Palmares; UNIFESP; UNASP; São Camilo; UniSant’Anna; Faculdade Anhanguera; UNIBAN; FESPSP; Faculdade Santa Izildinha. Também participam as editoras Summus, Selo Negro, Paulus, Peirópolis, Quilombhoje, Mazza, o Núcleo de Estudos NEINB e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/PR.

Confira as fotos do II Fórum aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário