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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Literatura e Redes Sociais na Campus Party 2011

Texto: Soraya Lauand e Thaís Cordon

Na tarde desta terça-feira, 18, os campuseiros e presentes assistiram à palestra Literatura e Redes Sociais, no Palco Mídias Sociais do espaço da Campus Party 2011. O debate ficou lotado, e a maioria permaneceu à todo momento na internet, fazendo comentários nas redes socias.

Jornalistas e escritores fizeram parte da banca que discutiu como as redes sociais estão afetando a literatura nacional, a questão da digitalização de livros, como autores divulgam seus trabalhos de forma independente, como editoras encontram novos talentos, além de mudanças e tendências nesse panorama.

Para esclarecer essas dúvidas, os participantes contaram com a presença de Eduardo Spohr, jornalista atuante na internet e escritor, autor do romance “A Batalha do Apocalipse”, também participante do Nerdcast (podcast do site Jovem Nerd) e Verena Petitinga, arquiteta da informação e CEO de O Livreiro, rede social para leitores.

João Paulo Cuenca, uma das maiores revelações da literatura brasileira nos últimos anos e autor de três livros: “Corpo Presente”, “O dia Mastroianni” e “O único final feliz para uma história de amor é um acidente”e Paulo Tadeu , dono da Editora Matriz e colaborador do blog Éramos 6 e Fabio Herz , que faz parte da diretoria da Livraria Cultura e, atualmente diretor de marketing e relacionamento da empresa, também formaram o grupo de palestrantes.

Fábio Herz, diretor de marketing e relacionamento da Livraria Cultura, abriu a palestra propondo o seguinte questionamento: Quanto essa hiper-conectividade que as Redes Sociais nos proporcionam nos conecta ou desconecta? Quanta dessa informação virtual conseguimos absorver? Ele acredita que estamos diante de uma fase chamada “Síndrome da Síntese”, na qual temos um volume muito grande de informação e talvez pouco seja absorvido de forma efetiva. Eduardo Spohr, jornalista atuante na internet e autor do romance “A Batalha do Apocalipse” afirma que a internet trouxe a possibilidade de conectar pessoas e ao mesmo tempo aproximá-las.

Para Paulo, a web também é responsável pelo surgimento de novos talentos. O dono da editora Matrix conta que após descobrir um blog - de duas garotas - que abordava assuntos sobre a mãe moderna, ele transformou em um livro.

Debate sobre Literatura e Redes Sociais

Um dos tópicos principais foi sobre o e-book, um novo formato de livro. Os palestrantes acreditam que o produto eletrônico não vai acabar com o livro em papel. Pesquisas mostram que as pessoas ainda continuam lendo em papel e que isso provém de uma questão cultural do brasileiro que aprendeu a gostar do livro físico. Logo, essa nova experiência não vai “matar” o livro, é só um novo meio de comunicação.

Verena diz: " O grande desafio da rede é como o autor consegue chegar no leitor, justamente da maneira que o mercado não divulga".

Um dos benefícios do e-book é a possibilidade de ler livros em outros idiomas com a facilidade de um tradutor e fazer a leitura em viagens, de referência com a praticidade a rapidez com que as informações são encontradas. O e-book está abrindo caminhos, ampliando a ação de mercado e da leitura, portanto, nunca será uma experiência central de uma obra literária, apenas outra mídia que possibilita a interação do leitor e uma vasta experiência sensorial (som e imagem).

Pós o debate os palestrantes conversaram sobre livros na rede, onde o foco da discussão foi como alcançar visibilidade e como divulgar o trabalho na internet.

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