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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Palestra sobre a relação do Complexo do Alemão e as mídias digitais

Nesta quinta-feira, 20, aconteceu a palestra “A nova voz do povo“, que abordou a polêmica ocupação policial do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro e, a relação do fato com as redes sociais, que serviram como fonte de informações para jornalistas, policiais, entre outros.

O mediador Pedro Markun, ativista hacker e autor do livro “Livre”, foi o responsável pelo debate com os palestrantes: Rene Silva, morador do Complexo do Alemão, que fez uma cobertura em tempo real da invasão vista de dentro da favela através do perfil no twitter e do jornal A Voz da Comunidade; Fábio Gusmão, editor do caderno Cidades e Polícia do jornal Extra, do Rio de Janeiro; Dirceu Viana, coordenador da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança do RJ e responsável pela estratégia das redes sociais na instituição; e Fernando Barreto, sócio-diretor da empresa WebCitizen e um dos criadores do Votenaweb, um site de engajamento cívico com reconhecimento internacional da ONU.

Debate sobre ocupação policial no Complexo do Alemão

Rene, 17, iniciou a palestra contando que o seu objetivo não era o de autoridades “seguí-lo” na internet, e sim para os seus amigos saberem como ele estava, diante da operação e invasão do Complexo. “Meus colegas se preocupavam e queriam que eu me escondesse debaixo da cama e no final das contas pessoas como Luciano Huck e Glória Perez acompanharam o que eu escrevia”.

“A onda de boatos é muito grande. O lado positivo são as informações em pouco tempo, mas nem tudo que circula é verdade, por isso demanda muita energia para o jornalista apurar fatos como esse”, conta Fábio Gusmão.

Dirceu diz que notícias com essa repercussão exige muita cautela e algo mal colocado e fora do tom, pode gerar mais problema. Fernando concorda com o coordenador da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança: “estamos em uma revolução pacífica e informações incorretas geram desconforto, complicando a resolução dos conflitos”.

Para Markun, mesmo que o jovem Rene represente a sociedade civil, mais pessoas devem fazer o mesmo, repassar fatos e não boatos. “O interessante é aumentar o número de vozes e a inclusão digital em locais como o Complexo, aumentando a quantidade de colaboradores verdadeiros”.


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