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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

SMPP Recomenda: Cresce o número de negros em cargos de chefia nas empresas

Sociedade Sustentável - 11/11/2010

A proporção de negros no quadro de funcionários de grandes companhias brasileiras passou de 25,1% para 31,1% entre 2007 e 2010, enquanto a de brancos caiu de 73% para 67,3%. A presença de negros na direção de organizações também aumentou: passou de 3,5% para 5,3%. Essas são algumas das conclusões da pesquisa Perfil Social, Racial e de Gêneros das 500 maiores Empresas e suas Ações Afirmativas – 2010, divulgada hoje pelo Instituto Ethos e pelo Ibope, em São Paulo.

O estudo realizado com mais de 620 mil empregados de 109 empresas com faturamento anual entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões mostra que os negros (pretos e pardos) ocupam 13,2% dos cargos de gerência e 25,6% dos de supervisão, apesar de representar 51,1% da população brasileira (98 milhões de indivíduos).

O novo presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, acredita que a desigualdade existente entre brancos negros no universo corporativo resulta de uma questão cultural arraigada na sociedade brasileira e da falta de políticas de diversidade nas empresas. “Existe uma certa acomodação, evita-se apostas no novo, criar políticas de diversidade. A presença da mulher negra em posições executivas é de 0,5%, um dado assustador”, explica.

Na questão de gênero, o Abrahão vê uma sub-representação das mulheres brasileiras na área empresarial. A pesquisa indica que a força de trabalho feminina em cargos executivos aumentou (de 11,5% para 13,7% no período), mas apresenta queda nos níveis de gerência (24,6% para 22,1%) e supervisão (de 37% para 26,8%). No quadro funcional, a presença feminina representa 33,1% dos postos de trabalho.

“As mulheres são mais bem preparadas que os homens. Acumulam mais anos de estudos e melhores resultados nas universidades. Isso revela discrepância. Se fizéssemos seleção às cegas, sem nome, sexo, considerando apenas a qualidade, a maioria das contratações seria de mulheres”, afirma.

O levantamento também indica que apenas 1,5% do quadro de funcionários das empresas é composto por pessoas com algum tipo de deficiência, uma queda em relação a 2007 (1,9%).

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