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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tecnologia no combate às drogas

Texto: Thaísa Gazelli

Um novo equipamento que detecta cocaína e maconha pelo ar em até um minuto foi desenvolvido por Marcelo Manoel Teles de Menezes em sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), através do Departamento de Química, da Universidade de São Paulo (USP).

Orientado pelo professor Marcelo Firmino de Oliveira, o estudante produziu um “nariz eletrônico” no qual é possível detectar até dez nanogramas (um nanograma equivale ao bilésimo do grama) por centímetro cúbico no ar, sem precisar abrir o recipiente no qual a droga se encontra.

Novo equipamento detecta maconha e cocaína pelo ar

Ideal para ser utilizado em aeroportos e em outros lugares pelo qual a droga trafega ilegalmente, facilitando a revista de bagagens. Para o coordenador geral da Coordenadoria de Atenção as Drogas (CDR), da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), o novo aparelho é importante, pois ajudaria a eliminar o uso do cão farejador, que acaba sendo um “viciado” em narcóticos.

Porém, o coordenador ressalta que a realização de políticas relacionadas a drogas de maneira isolada é ineficiente. “Todas as tecnologias que cooperam para a identificação das drogas é excelente, mas essa realidade está longe da nossa prática, do nosso meio de atuação, pois é questão de polícia. Não adianta reprimir sem olhar a dinâmica do tráfico”.

A preocupação essencial do Conselho é a prevenção de drogas legais junto a crianças e adolescentes. “Embora a cocaína e maconha sejam drogas importantes para a prioridade nacional, a gente [da Secretaria] continua frisando que as piores drogas ainda são as legalizadas, como o álcool, o tabaco, os medicamentos e os solventes voláteis”.

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