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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Palestra discute racismo e homofobia

Texto: Thaísa Gazelli

A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP) realizou a palestra Holocausto, Racismo e Homofobia no dia 1º de dezembro. O evento organizado pelas Coordenadorias dos Assuntos da População Negra (CONE) e de Assuntos da Diversidade Sexual (CADS) discutiu assuntos que envolvem as coordenadorias, como violência e preconceito.

O evento teve a presença de três especialistas, um para cada assunto: a professora Marta Topel da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), o professor Muniz Ferreira da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Silva Hypólito do núcleo de informação da CADS.

A professora Marta Topel abriu a discussão a partir do Holocausto. Enfatizou a falta de perspectiva do povo oprimido, no caso os judeus. “Não tinham lugar de refúgio. Uma terra que os abrigasse, um país que os acolhessem. Eles não encontraram nenhum lugar para fugir”, diz Topel.

A professora ainda enfatizou o motivo da apatia política do povo em questão. “Quando Hitler sobe ao poder, ele bani a atividade política. Era apenas o partido nazista que comandava, sem outras frentes de luta. Não havia alternativa para os judeus”. Ela ainda indica o documentário “Arquitetura da destruição” de Peter Cohen para todos aqueles que gostariam de se aprofundar no tema.

Palestrantes discutem sobre preconceito

Já o professor Muniz Ferreira, abordou a questão do racismo. Ferreira mostrou as limitações nos tempos de Marx e Engels com foco em dois assuntos: a escravidão e o colonialismo. “Marx e Engels elaboraram formulações sobre as sociedades não-européias em seu entrechoque com o colonialismo europeu em expansão, as quais constituem um importante acervo intelectual para a verificação da coerência ou não da tradição marxista enquanto arcabouço teóricopolítico revolucionário de validade universal”, explica Ferreira.

O professor ainda comenta sobre a América republicana a partir de Marx e Toqueville. “Para Toqueville, esta sociedade [a América] era o modelo perfeito de democracia. Já para Marx, era uma república contaminada, pois negava para um setor representativo da sociedade, no caso os negros, os mais elementares direitos que compõe uma sociedade democrática”.

Justamente sobre essa sociedade democrática que Silvia Hypólito fez a apresentação sobre homofobia. “Como é possível vivermos em um ambiente que ainda transita em meio a intolerâncias que violam os Direitos Humanos?”, questiona Silvia.

A representante da CADS apresentou uma pesquisa realizada pelo Centro de Combate a Homofobia (CCH) durante três anos (2006 a 2009). O estudo exploratório no município de São Paulo contém os locais e o tipo de violência. “É preciso conhecer o endereço destas violências, para isso dividimos o território em distritos para poder tomar medidas concretas de políticas públicas. É necessário conhecer a dinâmica do agressor para tomarmos atitudes eficazes no combate a violência, tanto simbólica como física”, finaliza Hypólito.

Para visualizar o Mapa da Homofobia clique aqui

Veja as fotos da Palestra aqui

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